Curumins do povo Tembé da terra indígena Alto Rio Guamá. Txai.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
Ourém participa de reunião do maior fórum de desenvolvimento sustentável do Estado
Programa Municípios Verdes torna-se o
principal fórum de discussão e tomadas de decisões participativas sobre desenvolvimento sustentável do Estado
Aconteceu
ontem, segunda-feira (20), a 9ª reunião ordinária do Comitê Gestor do Programa
Municípios Verdes do Governo Estadual (PMV). O evento aconteceu em Belém no
Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, e contou com a participação de vários
prefeitos e secretários de meio ambiente e agricultura municipais de todo o
estado. Atualmente, 95 dos 144 municípios paraenses fazem parte do PMV. Participam
do comitê gestor uma diversidade de instituições de governo estadual e federal,
tais como Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA); além de associações de produtores rurais e ONGs. É o
maior fórum de discussão de construção de um futuro sustentável para o Pará. A
reunião contou ainda com a presença do governador do estado Simão Jatene, e o
prefeito de Belém Zenaldo Coutinho.
Durante
o evento o governador assinou quatro decretos que viabilizam uma série de
incentivos a produtores dos municípios paraenses que integram o Programa
Municípios Verdes. Em outras palavras, as políticas de estado começam a ser
direcionadas aos municípios que assumem compromissos de desenvolver sua economia
agregando valor a sua produção e respeitando o meio ambiente. Um dos principais
decretos diz respeito à simplificação do processo de regularização fundiária
dos municípios que integram o programa.
Um segundo decreto prioriza ações, investimentos, projetos e programas
do Estado para os municípios que cumprirem as metas do programa. Nas palavras
do governador o PMV “é a plataforma para construção de uma grande aliança dos
vários setores que compõem a administração pública, e também da própria
sociedade civil, dos produtores rurais, das organizações não governamentais, na
busca pela construção de um projeto de desenvolvimento sustentável”; leia mais
clicando na pagina da “Agência Pará”, site do jornal "O Liberal" ou no site "cliptvnews".
Ourém
aderiu ao PMV recentemente, assim o prefeito Valdemiro Fernandes (Junhão) deu
uma passo importante na condução de uma agenda sustentável para o município;
para saber mais clique aqui. Ourém, ao aderir ao PMV, começou efetivamente
a participar da reunião do comitê gestor e ter sua voz no maior fórum de
discussão das políticas publicas de desenvolvimento econômico com bases sustentáveis
do Estado. Um dos desafios mais importantes de Ourém para cumpri os requisitos
do PMV assim e acessar benefícios vias estes novos decretos do governo, é a
elaboração de Cadastro Ambiental Rural (CAR) de pelos menos 80% dos produtores
do município. Dentro dessa nova tendência de desenvolvimento estadual, Ourém precisa
enfrentar também a necessidade de licenciamento da mineração de areia, seixo e
olaria no município; pois apenas assim estará dando exemplos concretos que esta
comprometido com os princípios conceituais do desenvolvimento com bases sustentáveis,
Conforme disse o governador “é possível
produzir, ter lucro para a iniciativa privada, ter ganhos para o Poder Público
e para a própria sociedade. Tudo isto partindo de um principio fundamental: que
nós precisamos pensar no aqui e agora, mas também no futuro. Sem dúvida alguma,
ao pensar no futuro, a questão da sustentabilidade passa ser cada vez mais uma
exigência importante”, conclui o governador.
Nestas palavras do governador reside o maior desafio ambiental do
governo do Junhão e Almir Serra para promover a economia de mineração
responsável no município. Ou sejas, um
pacto local para que a geração de renda promovida pelo seixo não seja conseguido
ao custo da degradação do meio ambiente, afetando assim as possibilidades das
gerações futuras do município. Ourém foi
representado na reunião pelo dedicado e competente Secretário Municipal de Meio
Ambiente do Município, Evandro Barros, foto abaixo.
Ao
aderir ao PMV, o prefeito Junhão antecipou-se, inclusive a prefeitura de capital do
estado. Na ocasião da reunião, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho,
formalizou a adesão da capital ao PMV. A
adesão de Belém ao PMV instigar a necessidade de maior discussão dos problemas
ambientais urbanos no estado; destacando assim um novo momento de estímulo a
preservação do meio ambiente em áreas urbanas. “Temos problemas sérios na
gestão urbana em Belém como o lixo, por exemplo, e a partir do PMV vamos poder
dar um olhar urbano para o programa', disse Zenaldo Coutinho, leia na pagina do "Portal ORM".
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Morte de criança
Morte de criança tem fortes indícios
de negligência médica - "Escute os apelos de uma mãe que sofre por culpa de descaso", diz o cartaz segurado pela mãe da criança durante manifestação
Criança morre de pneumonia em Ourém
e família busca por esclarecimentos do poder público, fazendo manifestação na câmara
municipal de vereadores. Internada por ordem médica, a criança foi transferida depois de
quatro dias por um outro médico, mas já era tarde demais e falece em Bragança. Tudo
indica que houve negligência médica na decisão de manter a criança no hospital
de Ourém.
São muitas perguntas ainda sem respostas.
Por que esta criança não foi encaminhada há tempo para um lugar de maior referência?
Teria sido por que o médico de plantão no poderia assinar o encaminhamento? Se
sim, será que este médico tem registro no Conselho Regional de Medicina do
Estado? Algum inquérito administrativo foi aberto pela administração hospitalar?
A Secretária Municipal de Saúde emitiu alguma nota de esclarecimento apontando
os procedimentos administrativos sendo tomados? O
que os vereadores fizeram ou estão fazendo para fiscalizar o trabalho do poder
executivo neste caso? Estas são todas perguntas de uma mão e um pai
sem respostas.
Nós todos conhecemos o modelo fraudulento
de gestão hospitalar do prefeito anterior. E o do Junhão e Almir Serra? Tem surtido
melhorias, mas ainda esta para ser testado de fato – péssimo sinal a morte
dessa inocente criança. Junhão e Almir foram eleitos com muito clamor popular;
este é um bom momento de retribuir este clamor com os devidos esclarecimentos à
sociedade local e familiares; e principalmente, se comprovado negligência, punição
aos culpados dentro das normas que regem a boa administração pública.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Especialização na Universidade de Bonn, Alemanha
Com outros estudantes selecionados na chegada à Alemanha |
Em 2005 fiz uma especialização em mudanças climáticas
globais pela Universidade de Bonn na Alemanha. Com mais de 2000 anos de história, a cidade às
margens do Reno está entre as mais antigas da Alemanha e a Universidade de Bonn
é a 3ª melhor universidade alemã uma das melhores universidades da Europa. O
curso visava prepara jovens profissionais de todos os continentes do planeta
sobre como abordar o tema de mudanças climáticas globais acontecendo na terra; formando assim futuros
profissionais para abordar o tema em diversos contextos do planeta. Aproveitando
meu período de férias no doutorado na Universidade da Flórida, arrisquei a
inscrição e deu certo.
Campus Universitário da Universidade de Bonn, Alemanha |
Campus universitário da universidade de Bonn, Alemanha |
Foram vinte estudantes selecionados de todo
o mundo, especialmente das regiões de países em desenvolvimento onde as populações
são mais vulneráveis às mudanças climáticas globais, especialmente países da África, Ásia e America Latina. Fui o único estudante
de países da America Latina selecionado para o curso, e tive todas as despesas de
passagem, matricula e residência pagas pelo programa da Universidade. Foram
dois meses de muito estudo e aprendizado; sem deixar de experimentar uma
infinidade de cervejas artesanais (especialidade dos alemãs) nos finais de
tarde nos barzinhos as margens do Rio Reno.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
I ENDURO DO SEIXO
Ourém
por suas características naturais, com lindos igarapés, trilhas ecológicas,
rio, precisa do incentivo dessa forma de promoção da economia local. Tal
iniciativa aquece o setor de comércio de serviços de hotelaria, bares e
restaurantes.
Se
você é praticante da Motocross ainda dar tempo de participar. Para isto deve
fazer sua inscrição em Belém na Loja Mais Motus na (Av. Dr. Freitas, próximo ao Hangar; ou na Art Bruno
na travessa Lazaro Picanso em Ourém. Maiores informações pelos fones:
81481000/81410351. Clique aqui para assistir ao vídeo de promoção do evento. Parabéns
aos organizadores!
Inscreva-se e acelere porque da forma que a extração do seixo acontece no município, em breve não vai ficar pedra sobre pedra para contar a história, apenas imensas crateras abertas no meio do nada onde o futuro de Ourém será afogado.
Ourém no Programa Municípios Verdes
Ourém Assina Pacto pela Sustentabilidade Ambiental e Agrícola e Adere ao Programa Municípios Verdes
No último dia 27 de abril aconteceu na Câmara Municipal de Ourém a solenidade de assinatura de adesão do município ao Programa Municípios Verdes do Governo Estadual. O evento foi promovido pela Prefeitura Municipal de Ourém - Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária. A foto acima mostra o prefeito do município, Valdemiro Fernandes (Junhão) e Justiniano Netto, secretário extraordinário para coordenação do Programa Municípios Verdes (PMV), assinando o documento de adesão do município ao PMV.
Ao unirem esforços, as duas secretarias, além de maximizarem recursos e empenho, buscam também acabar com a velha dicotomia entre produção agrícola e conservação ambiental. É fácil ver nos diversos níveis de poderes, do federal ao municipal, estas duas pastas caminharem, muitas vezes, em caminhos opostos – um tentando preservar e o outro vindo atrás destruindo o meio ambiente. Ao invés de olhar para as diferenças, buscam as sinergias entre ambas; e, assim, estão verdadeiramente inovando na condução da agenda de políticas integradas para o município – algo difícil de fazer em vários contextos na Amazônia. Em Ourém a opção pela integração das duas secretarias já resultou na construção do “Plano Integrado de Ações – Ourém no Caminho da Sustentabilidade Agrícola e Ambiental”. Este esforço local agora ganha um contexto estadual com a adesão de Ourém ao Programa Municípios Verdes do Governo Estadual.
Este foi o
resultado do espírito de colaboração e planejamento técnico integrado, que trouxe
para Ourém a visita do Secretário Estadual do Programa Municípios Verdes. Mas o
que é este programa? O Programa Municípios Verdes (PMV) é uma iniciativa do
Governo do Estado em parceria com municípios, sociedade civil, iniciativa
privada e Ministério Público Federal. O PMV tem por objetivo reduzir o
desmatamento, fortalecer a produção rural sustentável e criar as bases para a
transição à Economia Verde no Estado do Pará. Para maiores detalhes visite a página,
clicando aqui. Em curtas palavras, o PMV almeja conciliar ações voltadas ao
desenvolvimento rural com a conservação ambiental, para que os recursos
ambientais sejam explorados de forma adequada, sendo vistos como uma oportunidade
de desenvolvimento e geração de renda, ao contrário de ser um empecilho. A isto
chama-se economia verde. Mas o que isto significa? É uma forma de economia que resulta em melhoria do bem-estar humano e da
inclusão social ao mesmo tempo em que reduz de forma significativa o uso predatório
dos recursos naturais .
Trocando em miúdos e trazendo exemplos para Ourém: quais são as duas principais atividades que degradam o meio ambiente no município, hoje? Primeiro, a atividade de pecuária foi a principal responsável pela destruição das florestas ao longo das últimas décadas, e hoje Ourém tem apenas 10% de seu território com florestas originais. Se o modelo de produção pecuária do município for modernizado, usando uma série de técnicas de manejo do rebanho e da pastagem, Ourém poderá aumentar consideravelmente seu rebanho bovino, gerando mais renda, sem a necessidade de derrubar mais florestas ou capoeiras para implantação de pastagens. O mesmo processo de modernização pode ser aplicado para a agricultura, pelo emprego de técnicas de produção mais eficientes, incluindo o fortalecimento de cadeias produtivas da produção familiar.
O segundo grupo de atividades mais impactantes em curso no município abrange a mineração irregular de seixos e as olarias. Além de destruir a floresta, estas também afetam intensivamente as fontes de água do município, colocando o futuro da população em situação vulnerável. Ou seja, se as fontes d’água de Ourém forem esgotadas, a população como um todo estará sob risco. Os poços no meio rural secarão, as fontes d’água que abastecem as torneiras das casas poderão secar, o Rio Guamá ficará cada vez mais assoreado, e assim por diante. Considerando tudo isto, é fundamental que sejam trabalhadas políticas estratégicas para o município, que não podem ficar atreladas apenas as questões emergenciais de hoje, mas que possam refletir sobre as perspectivas para as novas gerações do município. O que aos olhos de muitos traz um benefício para hoje, que é passageiro, poderá causar a miséria maior do cidadão do amanhã. O que fazer então? É preciso que haja um esforço conjunto para, através do reconhecimento da importância da atividade mineradora e das olarias para o município, juntem-se esforços da classe política, do setor empresarial ligado a mineração e olarias, e da comunidade como um todo, para que tais atividades possam ser exercidas minimizando a agressão ambiental de hoje. Ou seja, o filho tem que dizer para o pai: você esta destruindo o meio ambiente sem se preocupar com o meu futuro, aqui no município. Os políticos e legisladores têm que dizer para os empresários da mineração: não podemos mais continuar explorando seixo na ilegalidade, destruindo nossos igarapés e rios, e colocando em risco o futuro de toda a população pela falta d’água. As escolas devem promover uma campanha de educação ambiental com seus estudantes. Os munícipes como um todo têm que ser empoderados através de fóruns de discussão, para que suas vozes e opiniões sejam ouvidas. Enfim, precisa existir um senso comum onde todos possam dar sua contribuição e fazer suas cobranças também. A indústria da mineração do seixo precisa ser convencida de que seus empreendimentos precisam parar de operar na irregularidade, pois com isto estão tão somente afogando o futuro da população de Ourém em imensas crateras. Os empreendimentos precisam ser licenciados, sejam quais forem as dificuldades para tal. O típico argumento da morosidade burocrática não deve ser mais aceito como principal argumento. Vejamos um exemplo da situação de vulnerabilidade da própria indústria do seixo no município: se o IBAMA fizesse uma operação no município todas as seixeiras seriam lacradas e fechadas por falta de licenciamento. Este seria um cenário complicado para todos, onde os empresários teriam grandes prejuízos e pais de famílias perderiam empregos. A legalização é a melhor estratégia de manter a fiscalização distante, e os empreendimentos correrem menos riscos. Se os empreendimentos fossem licenciados e tudo estivesse de acordo com a legislação ambiental vigente, a forma de produção seria mais eficiente, poderia gerar melhor renda e o meio ambiente seria respeitado. Todos ganhariam, e o meio ambiente e a futura geração do município agradeceriam.
Esta é uma razão pela qual é importante Ourém participar do PMV, pois o Programa poderá atuar como uma plataforma para que os gestores públicos municipais possam, juntos com os empresários locais, encontrar o melhor caminho para o desenvolvimento municipal com bases sustentáveis. Contudo, enquanto as melhorias na pecuária, na agricultura e na mineração do seixo são importantes, não se pode esquecer que existem outros aspectos que também precisam ser abordados.
Trocando em miúdos e trazendo exemplos para Ourém: quais são as duas principais atividades que degradam o meio ambiente no município, hoje? Primeiro, a atividade de pecuária foi a principal responsável pela destruição das florestas ao longo das últimas décadas, e hoje Ourém tem apenas 10% de seu território com florestas originais. Se o modelo de produção pecuária do município for modernizado, usando uma série de técnicas de manejo do rebanho e da pastagem, Ourém poderá aumentar consideravelmente seu rebanho bovino, gerando mais renda, sem a necessidade de derrubar mais florestas ou capoeiras para implantação de pastagens. O mesmo processo de modernização pode ser aplicado para a agricultura, pelo emprego de técnicas de produção mais eficientes, incluindo o fortalecimento de cadeias produtivas da produção familiar.
O segundo grupo de atividades mais impactantes em curso no município abrange a mineração irregular de seixos e as olarias. Além de destruir a floresta, estas também afetam intensivamente as fontes de água do município, colocando o futuro da população em situação vulnerável. Ou seja, se as fontes d’água de Ourém forem esgotadas, a população como um todo estará sob risco. Os poços no meio rural secarão, as fontes d’água que abastecem as torneiras das casas poderão secar, o Rio Guamá ficará cada vez mais assoreado, e assim por diante. Considerando tudo isto, é fundamental que sejam trabalhadas políticas estratégicas para o município, que não podem ficar atreladas apenas as questões emergenciais de hoje, mas que possam refletir sobre as perspectivas para as novas gerações do município. O que aos olhos de muitos traz um benefício para hoje, que é passageiro, poderá causar a miséria maior do cidadão do amanhã. O que fazer então? É preciso que haja um esforço conjunto para, através do reconhecimento da importância da atividade mineradora e das olarias para o município, juntem-se esforços da classe política, do setor empresarial ligado a mineração e olarias, e da comunidade como um todo, para que tais atividades possam ser exercidas minimizando a agressão ambiental de hoje. Ou seja, o filho tem que dizer para o pai: você esta destruindo o meio ambiente sem se preocupar com o meu futuro, aqui no município. Os políticos e legisladores têm que dizer para os empresários da mineração: não podemos mais continuar explorando seixo na ilegalidade, destruindo nossos igarapés e rios, e colocando em risco o futuro de toda a população pela falta d’água. As escolas devem promover uma campanha de educação ambiental com seus estudantes. Os munícipes como um todo têm que ser empoderados através de fóruns de discussão, para que suas vozes e opiniões sejam ouvidas. Enfim, precisa existir um senso comum onde todos possam dar sua contribuição e fazer suas cobranças também. A indústria da mineração do seixo precisa ser convencida de que seus empreendimentos precisam parar de operar na irregularidade, pois com isto estão tão somente afogando o futuro da população de Ourém em imensas crateras. Os empreendimentos precisam ser licenciados, sejam quais forem as dificuldades para tal. O típico argumento da morosidade burocrática não deve ser mais aceito como principal argumento. Vejamos um exemplo da situação de vulnerabilidade da própria indústria do seixo no município: se o IBAMA fizesse uma operação no município todas as seixeiras seriam lacradas e fechadas por falta de licenciamento. Este seria um cenário complicado para todos, onde os empresários teriam grandes prejuízos e pais de famílias perderiam empregos. A legalização é a melhor estratégia de manter a fiscalização distante, e os empreendimentos correrem menos riscos. Se os empreendimentos fossem licenciados e tudo estivesse de acordo com a legislação ambiental vigente, a forma de produção seria mais eficiente, poderia gerar melhor renda e o meio ambiente seria respeitado. Todos ganhariam, e o meio ambiente e a futura geração do município agradeceriam.
Esta é uma razão pela qual é importante Ourém participar do PMV, pois o Programa poderá atuar como uma plataforma para que os gestores públicos municipais possam, juntos com os empresários locais, encontrar o melhor caminho para o desenvolvimento municipal com bases sustentáveis. Contudo, enquanto as melhorias na pecuária, na agricultura e na mineração do seixo são importantes, não se pode esquecer que existem outros aspectos que também precisam ser abordados.
As Secretarias Municipais de Meio Ambiente e a de Agricultura e Pecuária, ao atuarem de forma conjunta e continuada para o planejamento técnico das ações, poderão se constituir na principal estratégia de articulação com o PMV, para que Ourém cada vez mais “apareça na foto” desta inovadora política do governo estadual. Isto poderá resultar na construção de uma estratégia de superação da velha política do simples “pires na mão”. Ou seja, se faz cada vez mais necessário pensar e agir de forma estratégica e planejada para superar desafios para a promoção do desenvolvimento rural com bases sustentáveis no município, promovendo, assim, melhores condições de vida ao produtor rural e legalidade para ações de mineradoras dos empresários locais. Os ganhos imediatos são importantes, mas ao agir de forma estratégica pode-se resolver gargalos históricos que precisam ser superados. Por exemplo, quanto custa resolver o problema de titulação de terras do município? Quais são os ganhos que isto trará para os produtores? E qual o ganho político para o gestor local? Uma das estratégias do PMV é superar os desafios da regularização fundiária e fornecer titulação de terras no estado. Se Ourém será ou não contemplado vai depender do constante esforço e articulação local com as políticas do governo de estado. O evento acontecido na Câmara Municipal foi registrado na principal página de notícias do governo estadual, conforme foto abaixo. Qual o valor disso?
Ourém também foi
destaque no Informativo de Notícias do PMV, que é lido por quase cem prefeitos
que já aderiram ao programa, e milhares de profissionais em todo o estado. Qual
o valor disso? De forma geral, é importante que Ourém “apareça na foto” das
inovações dos programas de Governo do Estado, e que continue juntando esforços
locais e articulação institucional ao nível estadual.
O Ato de adesão
ao PMV também foi assinado por representante do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais e representantes de associações, o que representa uma forte demonstração
de compromissos de todos por mudanças. Ao
aderir ao PMV Ourém se compromete a cumprir uma série de critérios iniciais do
programa. Mas, esta é uma relação de mão-dupla e Ourém precisará saber trazer
os benéficos também. Neste estágio inicial, um dos principais critérios é a
adesão de 80% dos produtores rurais ao Cadastro Ambiental Rural – o CAR. Ourém
hoje tem 30% de suas propriedades no CAR. Já como uma ação do “Plano Integrado
de Ações” através de parceria com a EMATER, durante o ato de adesão ao PMV, Ourém
já fez entrega dos 16 primeiros CAR elaborados por ações das duas secretarias.
Isto é uma mensagem muito positiva ao Secretário do PMV. Ou seja, no ato de
adesão ao programa mostra-se ações já em andamento. A foto abaixo mostra a
entrega do CAR dos produtores rurais.
Ao afirmar este
comprometimento, a prefeitura local da um forte sinal chamando a
responsabilidade para si, e manda a mensagem à sociedade local que é hora de
juntar esforços e fazer política pensando grande, sonhando alto com o pé na
realidade, e agindo com as preocupações do agora, mas sem esquecer do futuro. Este
é um chamado que não pode ficar apenas simbolicamente na letra do hino “Onde se encerra uma riqueza natural”....
“há de brotar um elemento para o
incremento de um progresso perenal.” São estrofes que não devem ficar apenas no simbolismo; requerem ação. Com a palavra os gestores públicos, políticos, e
empresários que tem nas mãos a chance de ajudar na melhoria do presente
e a oportunidade para definir o futuro (melhor ou pior) de Ourém.
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